quinta-feira, 19 de março de 2009

PAI

Ser filho único é mau? É bom?
Os "manuais" sociais dizem-nos que não é aconselhável. Consideram que há tipicidades próprias dos filhos únicos.
As especificidades com as quais me identifico são a total dependência emocional que tenho em relação aos meus pais, ao facto da sua boa saúde ser a minha boa saúde, à relação directa entre os seus sorrisos e os meus.
Não tenho tido a sorte suprema que é ter uns pais sempre viçosos, a envelhecer bem e cheios de saúde, com vontade de gozar a vida na plenitude das suas capacidades. Têm tempo, dinheiro, companhia, mas falta-lhes muitas vezes a predisposição necessária, que depressões nervosas inibem. Doença malvada, nada palpável, em que é difícil ajudar. Muito difícil.
A corrida, mais uma vez, tem-me ajudado a limpar a cabeça, a pensar também em mim, pois assim que acabo um treino, fico retemperado para ser outra vez um típico filho único - que ama o seu Pai. Sempre.
P.S. - O plano de 7 semanas para a Meia da Ponte terminou hoje.
Sábado: 30 minutos e alongamentos.
Domingo: o que eu puder e a Natureza deixar...
Objectivo: chegar feliz, mais feliz que à partida.
E que chova bastante!

1 comentário:

joaquim adelino disse...

A vida é sempre muito difícil e ás vezes complicada, podemos ter tudo, quase tudo ou quase nada e não a podemos graduar conforme os nossos desejos e ambições. Lutamos por ela arrastando sentimentos bem vivos que nos marcaram toda a vida sem deixar ninguém para tráz.
Nós pensamos, mas nunca estamos sozinhos, só a nossa existência é a alegria e a luz daqueles, que embora possam não o parecar, dão até a vida por nós.
Um abraço.